Uma decisão do Conselho de Estado holandês estabeleceu que a Holanda não enviará mais requerentes de asilo de volta à Itália devido ao "risco real" de que eles acabem morando na rua e que aqui "não poderão mais satisfazer suas necessidades básicas coisas importantes, como abrigo, comida e água corrente" e isso "é contra os direitos humanos". A mais alta autoridade de justiça administrativa da Holanda, em essência, decidiu aplicar uma derrogação aos termos do Tratado de Dublin, segundo o qual os casos de migrantes individuais devem ser avaliados no primeiro país de entrada na União Europeia. Desta forma, Haia acolhe o recurso apresentado por dois refugiados que tinham desembarcado nas costas italianas, um nigeriano e um eritreu, tendo o primeiro pedido de asilo três vezes primeiro em Itália e depois novamente na Holanda. Um pedido que não foi levado em consideração pelo subsecretário de Justiça e Segurança, Eric van der Burg, que queria mandar os dois de volta para a Itália. Agora, porém, o Conselho de Estado o proibiu: "Isso não ajuda - disse van der Burg com certo pesar - a Itália é um país importante e muita gente chega lá". Se por um lado não é certamente edificante para o nosso país que um Tribunal o defina como "um risco real de cidadãos estrangeiros, para além da sua vontade e escolha, se encontrarem numa situação de abuso material em larga escala", do holandês O Conselho de Estado aceita indirectamente o pedido de ajuda do Governo de Meloni, que já com uma circular de Dezembro último pedia a "suspensão temporária" da transferência dos requerentes de asilo "por falta de meios de acolhimento". É, portanto, uma consciência da parte dos mantos holandeses também que não apenas a Itália, mas também a Croácia, a Grécia e Malta (onde a proibição já havia sido deliberada por razões semelhantes) estão enfrentando um problema maior do que eles e que transcende o literal interpretação dos artigos dos tratados. De fato, o fluxo migratório do norte da África para as costas italianas não para. Mais de 800 pessoas desembarcaram em Lampedusa só ontem. No hotspot contrada Imbriacola, existem atualmente 2.689 migrantes em comparação com pouco menos de 400 lugares disponíveis.
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